Todo Trabalho de aprofundamento não diz respeito a uma crença cega. Diz respeito ao nosso próprio Ser, quem nós realmente somos. Nós não somos nossas identidades, nossos personagens, não somos o que acreditamos ser. Não sou a empresária, a mãe, a dentista, advogada, o pai, a amante, a depressiva, a medrosa, ansiosa, a obesa, a arrogante, a medrosa, raivosa… Não somos nossas identidades!
Somos muito mais do que isso! Quem sou Eu? Qual é o estado natural do Ser? Eu Sou a consciência, a existência, o amor! Este é o estado natural do Ser! Quando experimento quem Sou, o estado é um estado sem causa. Alegria sem causa. Amor sem causa. Paz sem causa. Não há o objeto externo que dispare alegria em mim. Não necessito de uma causa externa para experimentar o amor quando realmente Sou. Quem realmente Sou?
Não me identifico mais com as identidades pois as identidades criam um jogo de sofrimento por meio do qual encenam um teatro da vida. Se experimento com constância, isso vai, de alguma forma se impregnando no meu ser. A atenção é um músculo emocional. E se todos os dias eu exercito minha atenção, na medida que isso acontece, existe uma mudança dentro da mente e dentro do corpo.
A qualidade de nossas vidas é precisamente a qualidade da vida espiritual de nossos ancestrais. Dentro do ritual de conhecimento sobre si mesmo, diz respeito a liberar, a ascender nossos antepassados. Todo caminho profundo espiritual diz respeito a compreensão de que, o que nós vivemos hoje é o efeito daquilo que os nossos viveram no passado. Há muita dor, sofrimento, angustias, alegrias e felicidade.
O seu problema, não é o seu problema. O seu problema é um problema coletivo. Todos nós temos o mesmo problema. Nos relacionamentos de casal, entre os familiares, na sexualidade, no trabalho… Todos nós ou quase todos experimentamos ansiedade, depressão, medos… Não é a “minha doença”! É uma doença coletiva!
Nós, pessoas, estamos tomados por baixo nível de consciência devido a ignorância coletiva, por isso, Meditamos! Porque reconhecemos sermos ignorantes. E que bom a gente reconhecer isso de uma vez por todas! Não é mesmo? E entender que ninguém aqui tem problemas! Estamos identificados com o problema coletivo. Eu não sou isso!
Quem realmente somos jamais foi alcançado por uma dor. Quem realmente somos jamais foi magoado! A única coisa que se machuca, que foi ferida, é o ego! ou seja, as identidades. Nós não somos nossas identidades.
Precisamos seguir o ritual para nos desidentificar de condicionamentos de vidas… São anos para desenvolver o conhecimento para dissolver os muros e abismos que nos separam do amor. Nos separam de quem realmente Somos! E para dissolver tais muros, é necessário “ralar” muito!
Precisamos encontrar em nós um tesão por nos conhecer, por querer descobrir quem Somos!
Auto conhecimento não é curar feridas! Não é trazer conforto! Auto conhecimento é ficar com aquilo que é sem querer mudar; até porque não podemos mudar! Eu não sou minhas identidades!